O preço oculto da gratuidade


Quando o que se recebe de graça custa

mais do que se imagina



Nem toda gratuidade é livre; há dádivas que acorrentam mais do que o preço jamais faria.


Às vezes, o que chega até nós sem custo aparente carrega um peso invisível. São presentes disfarçados, gestos envoltos em intenções silenciosas, promessas veladas de reciprocidade. A vida ensina, cedo ou tarde, que nem tudo o que é ofertado vem por amor ou generosidade — muitas vezes, o que é dado “de graça” cobra com juros a liberdade, a paz ou a integridade.


É preciso discernir entre o dom sincero e a isca bem embalada. Aquilo que não exige moeda pode exigir obediência, lealdade cega, silêncio, dívida moral.


Algumas prisões não têm grades, mas começam com um “é só um favor”.


Receber é uma arte. E saber recusar, também.



Diogo Oliveira 


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