LAMENTO!
LAMENTO!
Não deu pra entender... tão de repente de você exprimiu-se uma
horrível decisão, que bruscamente
para mim, foi uma alegoria catastrófica de um colossal meteoro,
que por sua vez saiu propositalmente da sua órbita espacial,
calculando os anos luzes para frigidamente colidir com o meu
paupérrimo coração.
Certamente você não teve ideia da dor que depauperou as forças
deploráveis do meu lastimável ego emocional.
Você não teve sequer noção da angústia que por tantas vezes por
te passei, das noites álgidas que por te diversas vezes chorei, das
horas cansativas e entediante que do telefone eu esperava tocar,
por simplesmente, querer ouvir o terno som da sua voz amenizante.
Por tua causa não sabe o quanto sofri.
E hoje para a minha inexpugnável surpresa, você aparece, e me
vem com inelutáveis desculpas para atenuar o estado obsoleto que
felizmente à deriva do tempo, se tornou insusceptível aos teus
inextricáveis encantos.
Lamento! Mas não dá pra esquecer como verbalmente me
humilhaste, ao ponto de eu mesmo me ver, disperso como um vil
canídeo, sem ao menos ter o seu próprio covil.
Desesperado pelas largas calçadas no opaco da noite, sendo um
ridículo companheiro de apenas tuscos animais grotescamente
invertebrados. Pois, eu gritava de agonia por um coração
insipidamente rejeitado e totalmente azafamado de uma dor, que
morosamente fitava-me a alma sem a menor piedade.
No entanto, para a minha lhaneza alegria, conseguir suportar tudo isso,
excedi, venci e atualmente graças a isso, tornei-me um mero poeta, apaixonado;
não por outro alguém, mas sim pelos versos que me exalam prazerosamente.
Mas uma vez lamento, porque de mim, você terá só a amizade, e
nada mais.
Diogo Oliveira🖋
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